segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Mudanças no Licenciamento do Windows Server 2016

Olá Pessoal!

O Windows Server 2016 será lançado no segundo semestre de 2016 e a Microsoft já adiantou muitas informações quanto ao seu processo de licenciamento, é importante lembrar que tais informações poderão ser alteradas até o lançamento oficial do produto.

Muitos administradores de rede e gestores de TI não entendem que quando você compra uma licença do Windows Server, você está pagando pelo direito de instalar o software em um de seus servidores, ou seja, uma licença não é sinônimo de propriedade absoluta sobre o software. Historicamente, a família Windows Server segue o seguinte modelo de licenciamento:

Conforme proposto na figura acima, é necessário adquirir uma licença para o servidor, uma licença para a estação de trabalho (cliente) e uma CAL de acesso. Esse modelo permanece inalterado para o Windows Server 2016.

Uma Windows Server CAL (licença de acesso do cliente) licencia um usuário ou dispositivo a acessar qualquer edição do Windows Server da mesma versão da CAL comprada ou anterior, por exemplo: Sua rede é composta por 3 servidores executando o Windows Server 2008 R2, 4 servidores executando o Windows Server 2012 R2 e 2 servidores executando o Windows Server 2016. Se você possui 200 usuários será necessário comparar 200 licenças de acesso do cliente (CAL) do Windows Server 2016 a fim garantir que todos os usuários possam acessar recursos em todos os servidores. CAL de dispositivos são mais caras, porém algumas empresas possuem um número superior de usuários se comparado a dispositivos: Imagine uma empresa de telemarketing que possui 100 computadores e 300 usuários, a aquisição de CAL por dispositivo tornará o licenciamento menos custoso.

Vale lembrar que serviços como RDS (Remote Desktop Services) e AD RMS (Active Directory Rights Management Services) exigem CAL adicionais.

 Standard x Datacenter:

O que também se mantém inalterado, são as duas edições primárias do Windows Server (Standard e Datacenter) e as regras relativas a instalação do produto e máquinas virtuais. 

No Windows Server 2012 a Microsoft simplificou bastante o processo de licenciamento, tanto a versão Standard quanto a versão Datacenter disponibilizavam os mesmos recursos. A única diferença estava no número de máquinas virtuais que poderiam ser utilizadas sem a aquisição de licenças adicionais: 2 máquinas virtuais para a versão Standard e máquinas virtuais ilimitadas para a versão Datacenter (mesmo hardware). A partir do Windows Server 2016 as edições Standard e Datacenter voltarão a oferecer recursos distintos. As regras relacionadas ao número de máquinas virtuais sem aquisição de licenças adicionais permanecem inalteradas.

Licenciamento baseado no número de núcleos físicos do processador:

No Windows Server 2008 R2 apenas a edição Datacenter era licenciada a partir do número de processadores físicos existentes no servidor, as edições Standard e Enterprise eram adquiridas sem levar em conta o número de processadores físicos. A partir do Windows Server 2012 a Microsoft retirou a versão Enterprise de comercialização e passou a licenciar as edições Standard e Datacenter por número de processadores físicos (uma licença é necessária para cada dois processadores físicos instalados no servidor). A partir do Windows Server 2016 o licenciamento será baseado no número de núcleos físicos (core) existentes no processador. Vamos aos detalhes:

  • Licenças de núcleos físicos serão vendidas em pacotes modulares de duas unidades;
  • Minimamente serão exigidas 8 licenças de núcleos (4 x 2 licenças) por processador;
  • Minimamente serão exigidas 16 licenças de núcleos (8 x 2 licenças) por servidor.
Você pode estar bem assustado agora, mas a Microsoft garante que o custo das licenças por núcleo físico adicional custará 1/8 do valor da licença adquirida hoje no Windows Server 2012 (1 licença para cada dois processadores físicos). Vale lembrar que núcleos virtuais não entram nessa conta.

Baixe o folheto oficial do licenciamento do Windows Server 2016 aqui. Para um guia de perguntas e respostas frequentes, clique aqui.


 

2 comentários:

  1. "Custar 1/8 do valor da licença por socket" não ameniza nem um pouco o cenário e continua bastante preocupador, pois o custo final será maior por dois fatos muito simples:

    1) 8-cores físicos é algo pífio e processadores de 10, 12, 16 e até 18 núcleos estão rapidamente descontinuando os legados com menor contagem de núcleos;

    2) o preço final da licença por núcleo, no final das contas fazendo o somatório de tudo que incidirá soibre ela, será consideravelmente mais caro em relação a licença por socket. Não tenha dúvidas disso. Infelizmente no que tange esse tipo de produto, a ordem dos fatores altera sim o resultado final.

    A estratégia da Microsoft é clara: tornar o pacote Windows caro o suficiente para que as pessoas que dependem dele caiam na armadilha WaaS (Windows As A Service) materializada pela figura do Azure, e essa ilusão de que se "paga pelo que se usa", quando na verdade se paga muito mais pelo que fica ocioso do que pelo que, efetivamente, se está usando de recursos computacionais.

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